Combinar qualquer coisa "no fio do bigode", em política, é sempre arriscado. Em se tratando de Hitler, mestre do argumento e do disfarce, a História provou que seria uma completa insanidade. Até o ditador soviético Josef Stálin, "macaco velho" na arte da manipulação, caiu na lábia do Fuhrer: a Alemanha simplesmente ignorou o tratado de não-agressão assinado entre os dois países e atacou a Rússia na primeira oportunidade.
Neutralidade é outra palavra que não existiu no dicionário do líder nazista: na Bélgica e na Holanda, ele passou por cima do conceito sem pensar duas vezes. O Fuhrer poderia ter se cansado, de tanto que mudou de casacas, mas isso não aconteceu. Nem os próprios alemães, que lhe deram poder, foram poupados: Hitler jamais visitou qualquer cidade bombardeada e chegou a culpar a "fraqueza" do povo pela derrota no conflito. Pura traição. No amor e na guerra, parece que realmente vale tudo.