sexta-feira, 29 de junho de 2012

Impeachment no Paraguai

Na quinta-feira 21, a pedido do Partido Colorado e da associação Rural, a Câmara dos Deputados do Paraguai aprovou de surpresa a abertura do processo de impeachment contra o presidente Fernando Lugo, por 79 votos a 1, sendo que a Câmara é formada por 80 deputados.
Certamente isso não foi um golpe pensado da noite para o dia, esses deputados deveriam estar preparando o impeachmente a muito tempo, só estavam esperando o momento correto para colocá-lo em prática.
Em sessão extraordinária, o Senado marcou o julgamento e após a explanação da acusação, Lugo teria duas horas para defender-se. Convenhamos que para os advogados elaborarem uma defesa é necessário no mínimo "algumas horas a mais".
Um julgamento sumário, podemos dizer um golpe disfarçado. Para a votação era necessário 30 dos 45 senadores, como Lugo governou sempre com minoria no congresso, foi fácil destituí-lo do cargo.

Rapidamente o Paraguai foi colocado para fora do Mercosul e da Unasul por seis meses. Isso aconteceu após uma reunião dos presidentes Juan Manuel Santos, Evo Morales, Dilma Rousseff e Rafael Correa. Nessa reunião também decidiram mandar uma força tarefa para o país vizinho liderada por Antônio Patriota, ministro brasileiro.

Os únicos prejudicados com esse golpe são certamente a população paraguaia. Sempre quando há crises os prejudicados são os mesmos - O POVO!

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