terça-feira, 10 de abril de 2012

GENOCÍDIO EM RUANDA



Ruanda é um dos menores países da África Central, com uma população de cerca de sete milhões de pessoas. Em 1994, o governo hutu e seus aliados extremistas quase dizimaram toda a minoria tutsi.
Ruanda se divide em dois grupos étnicos, os hutus e os tutsis, e por anos existiu entre eles uma tensão que chegou ao pico quando o país esteve sob domínio colonial belga. Os hutus formam cerca de 90 por cento da população, mas a minoria tutsi era considerada a aristocracia que dominou os camponeses hutus por décadas. Originalmente, havia poucas diferenças entre os dois grupos – falavam o mesmo idioma, habitavam as mesmas áreas e seguiam as mesmas tradições. Porém, quando os colonizadores belgas chegaram em 1916, eles viram os dois grupos como entidades completamente diferentes, recorrendo inclusive à produção de cartões de identificação de acordo com a origem étnica. Os belgas tratavam os tutsis como o grupo superior, e por isso eles desfrutavam de educação e empregos melhores que seus vizinhos hutus.
Pouco a pouco o ressentimento cresceu entre o povo hutu, culminando em uma série de manifestações em 1959. Nesses episódios de revolta, eles mataram mais de 20 mil tutsis, e muitos outros fugiram para os países vizinhos de Burundi, Tanzânia e Uganda.
Quando a Ruanda se tornou independente da Bélgica, em 1962, os hutus tomaram o poder e começaram a assumir o controle, oprimindo a minoria tutsi com ações de extrema violência.

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