Ruanda é um dos menores
países da África Central, com uma população de cerca de sete milhões de
pessoas. Em 1994, o governo hutu e seus aliados extremistas quase dizimaram
toda a minoria tutsi.
Ruanda se divide em dois
grupos étnicos, os hutus e os tutsis, e por anos existiu entre eles uma tensão
que chegou ao pico quando o país esteve sob domínio colonial belga. Os hutus
formam cerca de 90 por cento da população, mas a minoria tutsi era considerada
a aristocracia que dominou os camponeses hutus por décadas. Originalmente,
havia poucas diferenças entre os dois grupos – falavam o mesmo idioma,
habitavam as mesmas áreas e seguiam as mesmas tradições. Porém, quando os
colonizadores belgas chegaram em 1916, eles viram os dois grupos como entidades
completamente diferentes, recorrendo inclusive à produção de cartões de
identificação de acordo com a origem étnica. Os belgas tratavam os tutsis como
o grupo superior, e por isso eles desfrutavam de educação e empregos melhores
que seus vizinhos hutus.
Pouco a pouco o ressentimento
cresceu entre o povo hutu, culminando em uma série de manifestações em 1959.
Nesses episódios de revolta, eles mataram mais de 20 mil tutsis, e muitos
outros fugiram para os países vizinhos de Burundi, Tanzânia e Uganda.
Quando a Ruanda se tornou
independente da Bélgica, em 1962, os hutus tomaram o poder e começaram a
assumir o controle, oprimindo a minoria tutsi com ações de extrema violência.
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