sábado, 24 de março de 2012

Grupos Guerrilheiros na América Latina

"ESTA USTED EN TERRITORIO ZAPATISTA EN REBELDIA.
AQUI MANDA EL PUEBLO Y GOBIERNO OBEDECE".

Refletindo os novos tempos, os muitos movimentos revolucionários nascidos no período da Guerra Fria estavam em composição com os governos locais, outros em claro refluxo, alguns em extinção ou, talvez, até em latência. Deles, tão destacadas pela imprensa internacional como representantes da turbulência ininterrupta continental, citavam-se o da Unidade Revolucionária Nacional, da Guatemala e Cidade do México; da Força Popular Revolucionária Lorenzo Zelaya e os Chinchoneros, de Honduras; da Frente Patriótica Rodriguez e Movimento da Esquerda Revolucionária (MIR), do Chile. Porém, os mais famosos eram os seguintes.


Sendero Luminoso: fundado em 1969 no Peru, com base na guerrilha rural, buscava a criação de um Estado indígena soberano. Com forte inspiração maoísta chinesa, desde o início dos anos 1990 tinha sido a organização guerrilheira mais ativa de todo o continente, sofrendo um forte revés no governo Fujimori, com a prisão de vários de seus principais líderes.

Movimento Revolucionário Tupac-Amaru: fundado em 1984 no Peru, por estudantes universitários, seguia os ideais marxistas sem o radicalismo dos senderistas, apresentando-se até como seu rival no norte do país.

 Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN): criada em 1980, em El Salvador e Honduras, buscava a implantação de um regime comunista tradicional, como o soviético. Depois de 12 anos de guerra civil, a FMLN assinou com o presidente de El Salvador, Alfredo Cristiani, o fim dos confrontos (1992), sob a intermediação da ONU. Graças a concessões de governo e guerrilheiros, foram possíveis a democratização do país, garantias contra esquadrões da morte e aparelhos repressivos do Exército e abandono de ações armadas terroristas. O sucessor de Cristiani, Armando Calderon Sol (1994), continuou implementando os acordos de paz obtidos.

 Movimento 19 de abril (M-19): fundado em 1970 na Colômbia, combatia o governo defendendo a instalação de um regime popular nacional. No início dos anos 1990, junto com outros grupos revolucionários, buscou o fim da confrontação militar e a consolidação democrática, conseguindo a legalização de sua atuação como partido político

 Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc): fundada em 1965 na Colômbia. Utilizou a zona desmilitarizada de 42 000 quilômetros quadrados no sul do país desde 1998 até 2002 quando passou a sofrer ataques das forças governamentais.

 Exército de Libertação Nacional (ELN): movimento guerrilheiro da Colômbia que também se utiliza de sequestros como forma de angariar fundos para seus objetivos.

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