Em 1945, após os bombardeios atômicos de
Hiroxima e Nagasáqui, quando da capitulação frente aos Estados Unidos, o saldo
de guerra para o Japão era um milhão e meio de mortos, queda de 80% da produção
industrial e perda de um império colonial de 1 milhão e 600 mil quilômetros
quadrados e 80 milhões de habitantes.
O governo de ocupação militar, presidido
pelo general MacArthur, promulgou em 1946 uma constituição inspirada no modelo
norte-americano e impôs ao país uma série de reformas políticas, sociais e
econômicas. O imperador foi obrigado a renunciar oficialmente à sua origem
divina e foi implantada no país uma democracia parlamentar, baseada no sufrágio
universal e na pluralidade de partidos políticos. A nova constituição promoveu
também a desmilitarização do Japão, que ficou proibido de possuir forças
armadas.
Ainda em 1946 foi realizada uma reforma
agrária que promoveu o parcelamento das grandes propriedades rurais, aumentando
de 36% para 70% a proporção de lavradores proprietários no país. O governo de
ocupação procedeu também ao desmantelamento dos grandes trustes (zaibatsus), que até então monopolizavam
a economia e as finanças japonesas.
O início da guerra fria e o triunfo da
revolução socialista na China mudaram radicalmente a política dos Estados
Unidos em relação ao Japão. De “inimigo vencido” passou à condição de principal
aliado dos Estados Unidos no Extremo Oriente, tendo recebido entre 1947 e 1950
uma ajuda de dois bilhões e meio de dólares. A recuperação da economia japonesa
foi também grandemente auxiliada pela Guerra da Coréia (1950-1953), que abriu um
amplo mercado consumidor externo à exportação de mercadorias nipônicas.
A maciça ajuda norte-americana, a importação
de tecnologia estrangeira e a exploração intensiva de um vasto contingente de
mão de obra barata são os principais fatores que explicam o “milagre” japonês,
cuja economia na década de 1950 cresceu em média 14% ao ano. Esse crescimento
gigantesco acabou por transformar o Japão, na década de 1970, na segunda
potência econômica do mundo capitalista, logo abaixo dos Estados Unidos.
O Japão na década de 1980, porém, alcançou
grande desenvolvimento industrial e, principalmente, tecnológico, o que lhe
assegurou a conquista de um importante papel no cenário internacional. Apesar
de seu poderio econômico superar o político, o Japão caminha no sentido de sua
afirmação como potência mundial.
Enquanto isso no Brasil um professor ganha menos que um "peão de obra" e nos acreditamos no "milagre" brasileiro.
ResponderExcluirótima publicação ,me ajudou muito com meu trabalho!
ResponderExcluirmuito bom, me ajudou bastante.
ResponderExcluir